quarta-feira, 25 de março de 2009

Boca santa

Um dia, lá no começo dos anos 90, a Transamérica FM inventou de transmitir futebol, quando isso era impensável pra uma FM. Uma transmissão metida a engraçadinha, e a rádio ainda se orgulhava de dizer que só transmitia as decisões. Na final do Brasileiro de 1992, lá estava a Transamérica em ação pra irradiar (essa é do tempo do pai do onça) Flamengo 2 x Botafogo 2. Falta pro Flamengo. O repórter que estava atrás do gol do Fogão avança e coloca o microfone na boca (só no Brasil mesmo) do goleiro Ricardo Cruz, que estava encostado em uma das traves, armando a barreira.
Surpresa: o arqueiro para de falar assim que o microfone chega até ele. Passa a dar suas orientações por mímica. O repórter fica muito puto das calças.
- Vai ser gol, só pra esse cara largar a mão de ser besta -, diz o da latinha.
Júnior, segundos depois, manda a redonda no ângulo. Gol do Mengão. E o repórter passa o resto da decisão com peso na consciência. A culpa tinha sido dele...

Um comentário:

  1. Fala, canalhas!

    Grande notícia a volta do blog de vocês. Vou colocar um link lá no meu humilde canto cibernético.

    Abraços

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Chora, neném!