terça-feira, 31 de março de 2009

Assim é se lhe parece

"O Júlio César foi o melhor em campo no Equador. Ele faz parte da defesa da Seleção. Logo, a defesa da Seleção se saiu bem no Equador"
Dunga, esse pensador do futebol

Era mulher, pelo menos...


Atletas são todos iguais, mudando apenas o nome, a nacionalidade e o esporte. Senão vejamos: Andrew Bynum, pivô do Los Angeles Lakers, está em recuperação de uma delicada lesão de joelho. Mesmo assim, marcou presença em uma festa família na Mansão Playboy e foi fotografado carregando uma coelhinha nos ombros.
O joelho do cidadão, pelo que se nota, reage muito bem ao tratamento...

Disco é cultura

Esses você não encontra em CD

quarta-feira, 25 de março de 2009

Boca santa

Um dia, lá no começo dos anos 90, a Transamérica FM inventou de transmitir futebol, quando isso era impensável pra uma FM. Uma transmissão metida a engraçadinha, e a rádio ainda se orgulhava de dizer que só transmitia as decisões. Na final do Brasileiro de 1992, lá estava a Transamérica em ação pra irradiar (essa é do tempo do pai do onça) Flamengo 2 x Botafogo 2. Falta pro Flamengo. O repórter que estava atrás do gol do Fogão avança e coloca o microfone na boca (só no Brasil mesmo) do goleiro Ricardo Cruz, que estava encostado em uma das traves, armando a barreira.
Surpresa: o arqueiro para de falar assim que o microfone chega até ele. Passa a dar suas orientações por mímica. O repórter fica muito puto das calças.
- Vai ser gol, só pra esse cara largar a mão de ser besta -, diz o da latinha.
Júnior, segundos depois, manda a redonda no ângulo. Gol do Mengão. E o repórter passa o resto da decisão com peso na consciência. A culpa tinha sido dele...

Sentenças certas nos lugares e momentos adequados (ou: quando é melhor ficar calado)

"Os Beatles são uma merda"
No Cavern Club, durante a Beatle Week

"Zico é jogador de Maracanã"
No meio da Raça Fla

"Hoje em dia, o Pelé seria jogador comum"
Em roda de bate-papo com o Armando Nogueira

"O Armando Nogueira é genial"
Em conversa com o Menon

"Bom era no tempo do Costa e Silva..."
Na aula do Diceu

"Quando acabar, vamos tomar um negocinho?"
Durante reunião dos AA

"Gente, gente, posso falar uma coisa?"
Faltando dois minutos pro fechamento

Guimarães rosa e o cadeado

Meu amigo Alexandre Alliatti escreveu no blog dele (não deixe de ler clicando aqui) que o Riobaldo, do Grande Sertão: Veredas, apesar de parecer gay, na verdade, não o é. Caso contrário, ele não teria contado sobre sua paixão por Diadorim tão na boa, sem censuras. Além disso, segundo o Alliatti, se fosse homossexual, Riobaldo não teria tido várias mulheres e filhos.

Eu ainda não passei da 300ª página do Grande Sertão... Mas à medida que o tempo e as páginas passam, só fica mais claro que o Riobaldo é igual mormaço: parece que não queima, mas queima. Não interessa se o (a) Diadorim é mulher. Ele só vai descobrir isso depois de estar perdidamente apaixonado (obcecado, até). Ou seja, ele se apaixonou, desde cedo, por um homem. Por mais que tenha tido filhos e se casado, Riobaldo sempre amou alguém do mesmo sexo. Logo, é gay. Ou bissexual, quem sabe?

Mas tudo isso pra lembrar de uma história que eu ouvi numa mesa de bar lá na Lagoa da Saudade:

Depois de tantas cervejas, começou-se a se discutir quem era ou não era viado na faculdade. 'Esse é. Esse não é'. Até que chegou-se num nome. 'Esse é, certeza'. Aí, alguém retrucou: 'Não é não. Ele tem mulher e filhos'. Então, alguém, acho que foi o Fabrízio, encerrou o assunto de forma poética, num tom filosófico que só a cerveja, em boa quantidade, nos dá:

- Isso não tem nada a ver. Mulher e filho não são cadeados de cu.

Mas acho que nisso o Guimarães Rosa não pensou...

Guilherme Arantes

Eu gosto do Guilherme Arantes. É isso. Pronto. Falei. Outro dia, me xingaram porque eu admiti isso. Só duas pessoas me entendem o Maurão 'Lenda' e o Leandro Saueia. O resto me desdenha.

- Pô, Adilsão! Guilherme Arantes é muito chato.

É que o povo acha que Guilherme Arantes só fez Cheia de Charme (que não é ruim, diga-se) e Xixi nas Estrelas (essa sim é pavorosa). Meu argumento é facilmente sustentado por alguns bons discos: A Cara e a Coragem, de 78, e o Coração Paulista, de 80, são ótimos exemplos. Ide à internet e baixai, irmãos!

Mas vou falar do disco 78, que é excelente. Tem boas músicas, com ótimas letras. O disco trata de um tema bem comum, mas totalmente fora dos padrões do que se fazia na época: a adolescência acabou, vida tá batendo aí na porta. O que que eu vou fazer? Na época ele tinha uns 24, 25 anos.

No disco, ele tbm critica a sua própria geração, que se acomodou com a pasmaceira dos anos 70 (pelo menos no que se refere ao nosso velho e combalido rock brazuca). O próprio Guilherme Antes começou com uma banda de rock progressivo, e como tal, chatíssima (como várias outras da época. A Cara e A Coragem é seu ato de contrição.

Vai aí a letra da música Show de Rock, só pra dar uma idéia.

O nosso disco está riscado há mais de 10 anos
E a nossa cara chocha não muda, Deus nos acuda
Haja paciência, haja vontade
haja inocência e ingenuidade
e dinheiro dos pais
e dinheiros dos pais

Nossos temas instrumentais estão abomináveisos
solos de moog e guitarra são intermináveis
Haja paciência, haja vontade
haja inocência e ingenuidade
e dinheiro dos pais
e dinheiros dos pais

Pra pagar a wattagem, a viagem, a kilometragem
pra comprar toda a aparelhagem, a megatonagem
Fico pasmado com a inércia que temos
com o tempo perdido pensando de menos
e ensaiando demais
e ensaiando demais

Nossas letras são uma papagaiada, só servem de de adorno
O som não acrescenta mais nada
os shows de rock dão sono
Fico pasmado com a inércia que temos
com o tempo perdido pensando de menos
e ensaiando demais
e ensaiando demais...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Assim fica fácil...

Imagine, raro leitor, a seguinte situação: você faz um glorioso ano repleto de boas cagadas em sua empresa. Meta o pé na jaca geral e seja responsável por quase levá-la à bancarrota. Por causa do seu desempenho, a empresa tem até de pedir socorro governamental para continuar de pé. Você seria demitido com toda pompa e circunstância, certo? Não se você fosse funcionário da seguradora AIG.

A direção da empresa resolveu que vai reatear mais de US$ 165 milhões entre 400 executivos, 50 deles da unidade que causou um preju de quase US$ 100 bi durante a crise do ano passado. Grana pra premiar a turma pelos bons serviços prestados.

É bem capaz que a AIG use a bufunfa que o Barack injetou na empresa (pra salvá-la) pra pagar bônus a essa turminha bastante competente. Já pensou se fosse aqui no Brasil?

sexta-feira, 13 de março de 2009

O pastoril do velho faceta

Se houvesse uma lista dos maiores momentos da televisão brasileira, este aqui estaria no meu top 3. no mínimo. quem viu, não esquece. quem não viu, ora, veja agora...
aliás, boa idéia: uma lista do melhor da tv brasileira. aparecerá aqui, em breve. assim como muitas outras listas, podem ter certeza

quinta-feira, 12 de março de 2009

Um giro de 360 graus

Escrever em um blog é uma grande responsabilidade. Especialmente quando o blog tem muitos leitores. Felizmente, não é o caso. Basicamente, a idéia aqui é alcançar os píncaros da fama, faturar horrores e mudar tudo isso que está aí. Coisa pouca.
Por falar em idéia, aqui é idéia mesmo. Com acento. A reforma ortográfica é uma bobagem sem tamanho, como todo mundo sabe. E, tendo este blog como adversário, está com os dias contados. Se bem que o trema a gente não vai ressuscitar, não. Não servia pra nada. E ainda tem a crase, que ninguém acerta mesmo... melhor acabar com ela também. É a nossa própria reforma ortográfica.
Então, é isso. Quem entrar aqui (no bom sentido) vai se divertir a valer com essa galerinha da pesada, que apronta altas confusões. Nós garantimos. Mas não devolvemos o dinheiro.
aquela coisa toda

Ah, a crônica...

Brasil e Peru (ou seria Equador?), Eliminatórias para a Copa 2006, no estádio Vivaldão, em Manaus. Nosso credenciamento, no dia anterior, exigia o preenchimento de uma ficha. Embora famoso, o comentarista de uma rede de TV fez questão de ir ao local preencher a sua ficha e retirar a credencial (normalmente, as estrelas pedem para produtores fazerem isso).
Ficha modelo padrão:
Nome
Idade
RG
E, finalmente, Veículo.

No que o palpiteiro soltou: Pajero 2000.

Pensa que é fácil? Vai lá fazer...

Tá chato, Peixão

Hoje à noite, tem jogo do Santos na Vila Belmiro. Faz um tempão que isso não causa mais entusiasmo nos santistas. Em ninguém, aliás. Jogo do Santos é troço muito, muito chato. E nem é aquela coisa de sofrimento. Da segunda metade dos anos 80 até 2000, 2001 (salvo alguns raros momentos), torcer para o Santos exigia um bom controle dos nervos. A coisa era sofrida (semi do Paulistão de 2001: alguém, alguém?). Agora, não. É simplesmente enfadonho. Não tem muita graça. Não tem um lance inspirado, um grande drible, um passe milimétrico. É tudo lentidão e bocejos.

Mas aí a Velhinha de Taubaté alvinegra - o Vagnão, no caso (quem conhece, sabe) - vai dizer que o time é bom, que o Mancini é estrategista e que Neymar é o terceiro raio caindo na Vila Belmiro. Sei lá, eu ando meio cético. Ou velho, talvez.

Mesmo assim a gente vai lá. E quando sai o gol, cerramos e chacoalhamos o punho por baixo da bancada pra ninguém ver.

terça-feira, 10 de março de 2009

Catch us if you can, we're goin' back (ou o retorno II, reloaded)

É isso, senhoras e senhores. Depois de um longo recesso (uns 20 anos, calculo), o Aquela Coisa Toda está voltando à ativa. Claro, isso não significa nada para ninguém. Afinal, apenas umas duas ou três pessoas liam aquela coisa, incluindo os dois escribas. Eram textos bestas e devaneios sem nenhuma importância (e, ainda bem, sem nenhuma pretensão) rabiscados por mim e pelo meu amigo Mateus Silva Alves. Bons (ou teriam sido maus?) tempos de Diário...

Se alguém vai ler isso, é outra história. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. E vice versa

As intenções são as seguintes: cornetar, reclamar, lamuriar, lançar campanhas e contar causos. Por que voltamos? Porque muita coisa precisa ser dita. Tudo para a posteridade. Rumo ao anonimato!

Se vai durar? Não fazemos ideia.

Aquela coisa toda...